Laranja Mecânica, a obra máxima do inglês Anthony Burgess,
é, sem dúvidas, o único caso de clássico literário que conseguiu ganhar nos
cinemas uma adaptação tão ou mais importante do que o produto original.
Porém, apesar do longa de Stanley Kubrick ter materializado
muito bem a futurística história do jovem e violento Alex, ela não foi a única
versão derivada do livro. Vide o esquecido Vinyl, filme experimental do artista
Andy Warhol de 1965, e até o álbum A-Lex, do metaleiros brazucas do Sepultura.
Considerado um dos romances mais importantes da literatura
do século XX, ao lado de 1984 e Admirável mundo novo, Laranja Mecânica ganhou
no final do ano passado uma edição especial de responsa pela Editora Aleph, em
comemoração ao aniversário de 50 anos de sua publicação.
Dividida em 3 partes, a história narra a vida do jovem Alex,
líder de uma gang de delinquentes (os druguis, na nova tradução) que, num
futuro não muito distante e com data incerta, depois de ser apanhado pela
polícia, acaba servindo de cobaia para uma experiência chamada “Método
Ludovico”, criada pelo Estado em busca de acabar com os impulsos violentos dos
jovens mais problemáticos.
Por fim o teste dá errado, e os políticos resolvem resetar o
tratamento na mente de Alex, deixando o sujeito da mesma forma como entrou no
xilindró.
Narrado pelo próprio Alex, Laranja Mecânica fala sobre os
instintos naturais do ser humano e até mesmo sobre a incapacidade do Governo e
da ciência perante o livre arbítrio na escolha por ser bom ou não.
Resenha Original: Altamente Ácido
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